segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Vida com Conteúdo ♥ ♥ ♥ ♥



Todas as pessoas possuem conhecimento. Isso é uma constatação e ninguém pode duvidar desta afirmação. Obviamente que alguns têm mais, outros menos. Mas o grande desafio de uma encarnação, uma vida, é o que faremos com o conhecimento que possuímos.

Conhecimento é o que sabemos. Conteúdo é o que sabemos e já aplicamos com sucesso, ou mesmo com equívocos. Desta forma a grande "cartada" é deixarmos de ser uma pessoa com muito conhecimento para efetivamente passarmos a viver uma vida de conteúdo.

Uma pessoa com muito conhecimento pode se deixar facilmente trair pela vaidade e com isso se tornar até arrogante. Sabe demais. Este posicionamento de arrogância não lhe permite aplicar corretamente o que sabe.

Sair da simplicidade para um pedestal é possível acontecer até de forma acelerada. O arrogante não tem conteúdo. A grande dificuldade que sinto é provavelmente a mesma que você sente.

Como aplicar adequadamente o que sei e fazer disso conteúdo em minha vida? No meu caso, minhas emoções são o maior vilão; já estou muito melhor, mas ainda distante do que pretendo.

O importante é que sei que as coisas são assim, que é preciso controle e que sentimentos ruins só nos atrapalham e nos fazem adoecer. Que preciso me policiar e desta forma utilizar o meu conhecimento sem que qualquer sentimento negativo - ou mesmo positivo -, o contamine.

Outro ponto importante é saber o que realmente é conhecimento correto em nossa mente, e o que é dedução "forçada" por métodos sociais, religiosos e familiares. Sem dúvida este é um problema sério.

Muitas vezes "achamos" que sabemos, mas fomos levados a deduzir que aquilo é certo. As religiões têm muita culpa nisso.

Fiz uma verdadeira faxina em minha vida e hoje me atrevo a achar que estes três centros de poder - sociedade, religião e família - pouco ou nada interferem em minha vida. Obviamente que não se trata de uma faxina fácil e simples. Mas foi necessária.
Demorei, mas descobri que o que os outros pensam a meu respeito é problema deles. Eu sou quem tem de saber o que penso a meu respeito. Isso faz toda a diferença em nossa vida. Conheço algumas pessoas que se tornaram vítimas dos julgamentos dos outros.

Sofrem por isso, mas nada fazem para mudar a situação. Continuam reféns deste estado de coisas. Vivem como atores procurando ser o que os outros pretendem que elas sejam. São felizes? Óbvio que não.

No palco de nossa vida o fundamental é representarmos um único personagem: nós mesmos, em toda a identidade de nossa alma, de nossa essência. Outro ponto terrível: conviver em sociedade com pessoas falsas. Não importa se há ou não dinheiro envolvido.

Jamais conviva com quem você não confia. Você está se nivelando a ele. Não há dinheiro que justifique uma noite mal dormida. Não há dinheiro que justifique uma traição.

Para mim estes pontos são vitais para que a aplicação do nosso conhecimento seja isenta de qualquer contaminação e que tudo o que sabemos passe a ser, efetivamente, conteúdo. Só saber, ter conhecimento, é coisa de profeta. O verdadeiro sábio tem conteúdo. Sabe exatamente o que fazer e como aplicar o seu conhecimento.

Por isso é sábio. Por isso se cala, e fala pouco. Saul Brandalise Jr./Aninha


Autor do livro: O Despertar Da Consciência da editora Theus, onde mostra através das narrativas de suas experiências como extrair lições de vida e entusiasmo de cada obstáculo que se encontra ao longo de uma vida.

Entendendo a vida


Atualmente, e cada vez mais, as pessoas querem saber sobre o que é a vida, sobre o que estão fazendo aqui, para o que vivem; e a maioria questiona-se sobre qual é a sua missão! A missão ou o objetivo de qualquer pessoa que por aqui esteja é o mesmo, ou seja, a auto-evolução.

E isso, que parece óbvio, tem implicações muito profundas, pois evoluir significa a melhoria das nossas características pessoais, morais e éticas, a partir de uma elevação do nosso nível de consciência. Quase todas as pessoas afirmam saber disso, raríssimas discordam, mas se todas ou quase todas sabem disso, acreditam realmente que devem evoluir e se afirmam boas pessoas, honestas, bem intencionadas, então por que os consultórios estão cheios, por que tantas doenças físicas, por que tanta rinite, asma, câncer, AIDS, infartos, úlceras, reumatismos, derrames cerebrais; por que tantos distúrbios emocionais e mentais?

Algo está errado; a teoria e a prática não estão combinando. Somos pesquisadores do inconsciente. Existem muitas maneiras de se perder na vida; algumas tão disfarçadas e de aparência tão inocente que nem parecem inconvenientes.

Alguns hábitos, procedimentos ou costumes pessoais, familiares e sociais, estão tão arraigados ao nosso cotidiano que nem de longe percebemos que nos são prejudiciais; por outro lado, coisinhas aparentemente irrisórias, bobagenzinhas descartadas, teriam a capacidade de nos colocar no rumo certo. O nome que recebemos ao nascer (Maria, João ou outro qualquer) não quer dizer que sou esse nome.

Sempre afirmamos isso, seriamos até capaz de jurar que somos o nome que temos, pois fomos registrados assim, e está em nossas identidades; sempre que nos inscrevemos em algo colocamos esse nome de nascimento, e todos nos chamam com o nome de registro.

Não há dúvidas, eu sou esse nome! Certo? Errado. Na realidade eu estou com esse nome. Não percebem? Essa é a grande diferença entre saber o que é a vida e o não saber. Quando eu acreditava que era o nome que estou não sabia o que era a Vida.
Quando descobri que eu estava com esse nome, mas o nome não sou eu descobri o que é a Vida. Complicado? Nem tanto, vamos lá. Antes de eu "nascer" o que havia? A minha Essência. Qual era o seu nome? Era o nome que eu estou ou viria a ser o nome que eu estou? Obviamente, a segunda opção.

Em algumas encarnações passadas e eu era o nome que estou hoje? Certamente não, mas era Eu, com certeza. A minha Consciência habitava “cascas” diferentes, de nomes diferentes, em épocas diferentes, e o que havia de comum em todas elas? Apenas a minha verdadeira identidade, a minha Essência, a minha Consciência, que as religiões chamam de Espírito.

Mas eu não estou falando de Religião e sim de Psicologia. Então, eu sou o nome que estou hoje? Claro que não, eu sou anterior ao nome que estou, e posterior também. Eu sou eterno; a “casca” que estou é temporária.

E isso muda tudo, pois se o nome e a "casca" que estou é temporário, tudo nessa atual passagem terrena que diz respeito a mim, é então o quê? Os nossos filhos, pais, irmãos, amigos, inimigos, vizinhos não são; eles estão como filhos, pais, irmãos etc. e estão com os nomes que lhes foram registrados.

Mesmo as pessoas que atualmente estão desencarnadas (sem a casca), lá no Mundo Espiritual, não é mais os mesmos...; Somos todos personalidades passageiras, com rótulos passageiros, mas com uma missão única e em comum: a auto-evolução, ou seja, a evolução da nossa Essência (ou Consciência ou Espírito), que é feita através de nós, que estamos.

Se não somos o que pensamos ser, também não somos os rótulos que supomos ter. No dia em que desencarnamos (“morte”) nos libertamos do veículo físico e, com isso, do aparente absolutismo das relações familiares, como estão estruturadas: desde a relação da nossa Essência com as ilusões da nossa Personalidade Inferior, até as relações ilusórias com tudo o mais, incluindo as pessoas.

Então, se tudo é temporário com exceção da Essência, então tudo é quase uma fantasia, quase uma ilusão, a não ser que enxerguemos a realidade.

Devemos, pois, nos libertarmos e a Psicoterapia Reencarnacionista apregoa a profunda libertação dos grilhões das ilusões da Personalidade Inferior, por essa se acreditar absoluta mas sendo, na realidade, temporária, tendo a duração de uma encarnação e um período interencarnações, até a próxima encarnação, até a próxima Personalidade Inferior, que é a continuação da atual.

Se não somos o que aparentamos ser, se somos na realidade a nossa Essência; se estamos quase todos doentes, do ponto de vista emocional, mental ou já físico; se estamos aqui apenas para evoluir consciencialmente, ou seja, aperfeiçoarmos nossas características pessoais, através da ampliação da nossa visão - e a maioria de nós não o consegue ou só o consegue em parte - então estamos errando em alguma coisa. E que coisa é essa?

A Psicoterapia Reencarnacionista quer mostrar que esse grande erro é acreditar que somos o que não somos, ou seja, acreditarmos nas ilusões da nossa Personalidade Inferior e não acessarmos nossas metas e objetivos pré-reencarnatórios.

O terrível engano é vivermos para o temporário quando deveríamos viver para o eterno. E que diferença isso faz? Podemos iniciar por algumas básicas: a Personalidade Inferior geralmente vive em função de algumas palavras como Eu, Meu e Minha, enquanto que a Essência quer viver para o Nós e o Nosso.
A Personalidade Inferior é egocêntrica, a Essência quer o coletivo. A Personalidade Inferior geralmente vive para os seus interesses e os de seus familiares e amigos; a Essência quer viver para os interesses da humanidade.

A Personalidade Inferior quer dinheiro, conforto, fins-de-semana e férias; a Essência quer trabalhar pela paz, pelo amor, pela harmonia e pela beleza. A Personalidade Inferior vive sabendo que vai morrer, pois nasceu; a Essência sabe que é imortal, que já viveu antes em outras personalidades inferiores e que ainda vai freqüentar outras mais.

A Personalidade Inferior é limitada, míope, autocentrada, possessiva, auto e heterocastradora, materialista e imediatista; a Essência é infinita, possui a verdadeira visão, é expansiva, amorosa, universal. A Personalidade Inferior cria e mantém a doença; a Essência tem a cura. Mauro Kwitko/Aninha


ok!