segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Entendendo a vida


Atualmente, e cada vez mais, as pessoas querem saber sobre o que é a vida, sobre o que estão fazendo aqui, para o que vivem; e a maioria questiona-se sobre qual é a sua missão! A missão ou o objetivo de qualquer pessoa que por aqui esteja é o mesmo, ou seja, a auto-evolução.

E isso, que parece óbvio, tem implicações muito profundas, pois evoluir significa a melhoria das nossas características pessoais, morais e éticas, a partir de uma elevação do nosso nível de consciência. Quase todas as pessoas afirmam saber disso, raríssimas discordam, mas se todas ou quase todas sabem disso, acreditam realmente que devem evoluir e se afirmam boas pessoas, honestas, bem intencionadas, então por que os consultórios estão cheios, por que tantas doenças físicas, por que tanta rinite, asma, câncer, AIDS, infartos, úlceras, reumatismos, derrames cerebrais; por que tantos distúrbios emocionais e mentais?

Algo está errado; a teoria e a prática não estão combinando. Somos pesquisadores do inconsciente. Existem muitas maneiras de se perder na vida; algumas tão disfarçadas e de aparência tão inocente que nem parecem inconvenientes.

Alguns hábitos, procedimentos ou costumes pessoais, familiares e sociais, estão tão arraigados ao nosso cotidiano que nem de longe percebemos que nos são prejudiciais; por outro lado, coisinhas aparentemente irrisórias, bobagenzinhas descartadas, teriam a capacidade de nos colocar no rumo certo. O nome que recebemos ao nascer (Maria, João ou outro qualquer) não quer dizer que sou esse nome.

Sempre afirmamos isso, seriamos até capaz de jurar que somos o nome que temos, pois fomos registrados assim, e está em nossas identidades; sempre que nos inscrevemos em algo colocamos esse nome de nascimento, e todos nos chamam com o nome de registro.

Não há dúvidas, eu sou esse nome! Certo? Errado. Na realidade eu estou com esse nome. Não percebem? Essa é a grande diferença entre saber o que é a vida e o não saber. Quando eu acreditava que era o nome que estou não sabia o que era a Vida.
Quando descobri que eu estava com esse nome, mas o nome não sou eu descobri o que é a Vida. Complicado? Nem tanto, vamos lá. Antes de eu "nascer" o que havia? A minha Essência. Qual era o seu nome? Era o nome que eu estou ou viria a ser o nome que eu estou? Obviamente, a segunda opção.

Em algumas encarnações passadas e eu era o nome que estou hoje? Certamente não, mas era Eu, com certeza. A minha Consciência habitava “cascas” diferentes, de nomes diferentes, em épocas diferentes, e o que havia de comum em todas elas? Apenas a minha verdadeira identidade, a minha Essência, a minha Consciência, que as religiões chamam de Espírito.

Mas eu não estou falando de Religião e sim de Psicologia. Então, eu sou o nome que estou hoje? Claro que não, eu sou anterior ao nome que estou, e posterior também. Eu sou eterno; a “casca” que estou é temporária.

E isso muda tudo, pois se o nome e a "casca" que estou é temporário, tudo nessa atual passagem terrena que diz respeito a mim, é então o quê? Os nossos filhos, pais, irmãos, amigos, inimigos, vizinhos não são; eles estão como filhos, pais, irmãos etc. e estão com os nomes que lhes foram registrados.

Mesmo as pessoas que atualmente estão desencarnadas (sem a casca), lá no Mundo Espiritual, não é mais os mesmos...; Somos todos personalidades passageiras, com rótulos passageiros, mas com uma missão única e em comum: a auto-evolução, ou seja, a evolução da nossa Essência (ou Consciência ou Espírito), que é feita através de nós, que estamos.

Se não somos o que pensamos ser, também não somos os rótulos que supomos ter. No dia em que desencarnamos (“morte”) nos libertamos do veículo físico e, com isso, do aparente absolutismo das relações familiares, como estão estruturadas: desde a relação da nossa Essência com as ilusões da nossa Personalidade Inferior, até as relações ilusórias com tudo o mais, incluindo as pessoas.

Então, se tudo é temporário com exceção da Essência, então tudo é quase uma fantasia, quase uma ilusão, a não ser que enxerguemos a realidade.

Devemos, pois, nos libertarmos e a Psicoterapia Reencarnacionista apregoa a profunda libertação dos grilhões das ilusões da Personalidade Inferior, por essa se acreditar absoluta mas sendo, na realidade, temporária, tendo a duração de uma encarnação e um período interencarnações, até a próxima encarnação, até a próxima Personalidade Inferior, que é a continuação da atual.

Se não somos o que aparentamos ser, se somos na realidade a nossa Essência; se estamos quase todos doentes, do ponto de vista emocional, mental ou já físico; se estamos aqui apenas para evoluir consciencialmente, ou seja, aperfeiçoarmos nossas características pessoais, através da ampliação da nossa visão - e a maioria de nós não o consegue ou só o consegue em parte - então estamos errando em alguma coisa. E que coisa é essa?

A Psicoterapia Reencarnacionista quer mostrar que esse grande erro é acreditar que somos o que não somos, ou seja, acreditarmos nas ilusões da nossa Personalidade Inferior e não acessarmos nossas metas e objetivos pré-reencarnatórios.

O terrível engano é vivermos para o temporário quando deveríamos viver para o eterno. E que diferença isso faz? Podemos iniciar por algumas básicas: a Personalidade Inferior geralmente vive em função de algumas palavras como Eu, Meu e Minha, enquanto que a Essência quer viver para o Nós e o Nosso.
A Personalidade Inferior é egocêntrica, a Essência quer o coletivo. A Personalidade Inferior geralmente vive para os seus interesses e os de seus familiares e amigos; a Essência quer viver para os interesses da humanidade.

A Personalidade Inferior quer dinheiro, conforto, fins-de-semana e férias; a Essência quer trabalhar pela paz, pelo amor, pela harmonia e pela beleza. A Personalidade Inferior vive sabendo que vai morrer, pois nasceu; a Essência sabe que é imortal, que já viveu antes em outras personalidades inferiores e que ainda vai freqüentar outras mais.

A Personalidade Inferior é limitada, míope, autocentrada, possessiva, auto e heterocastradora, materialista e imediatista; a Essência é infinita, possui a verdadeira visão, é expansiva, amorosa, universal. A Personalidade Inferior cria e mantém a doença; a Essência tem a cura. Mauro Kwitko/Aninha


ok!

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