O sentimento de inveja é uma das principais causas de infelicidade.
Somente compreendendo a estrutura básica da inveja podemos reconhecer esse sentimento em nós e aprendemos a lidar com ele em nossa vida e nosso comportamento.
O mecanismo intelectual básico responsável pelos ressentimentos é a comparação.
Quando nos comparamos com os outros e nos sentimos, em algum aspecto, inferiores, estamos com inveja. Nem toda comparação leva à inveja, mas esta é sempre resultado de uma comparação.
É a vivência de um sentimento interior sob a forma de frustração, tristeza, mal estar, acanhamento, por nos sentirmos menores, menos, por não possuirmos o que o outro possui, por não sermos o que o outro é. É um desequilíbrio íntimo oriundo de um sentimento de inferioridade fruto da comparação.
Esse processo é muito sutil e encoberto. Escondemos de nós mesmos esse sentimento de inveja através de mecanismos de defesa que desde cedo nos foram sendo ensinados. Não temos consciência de que somos invejosos.
Um dos mecanismos mais comuns é o processo em que ao nos sentirmos menos que os outros nós nos aumentamos, nos vangloriamos, nos enaltecemos para evitar o mal estar do desequilíbrio. Falamos exageradamente bem de nossas próprias coisas e ao mesmo tempo procuramos diminuir o outro através de críticas.
Quando criticamos alguém, quando sentimos necessidade de falar mal de alguém, provavelmente estamos nos sentindo inferiores a ele. O arrogante é a pessoa que parte do pressuposto de que é inferior às outras pessoas.
O invejoso é incapaz de ver a luz, a alegria, o brilho, a luminosidade das outras pessoas. A inveja é própria daqueles que não encontraram respostas para a diversidade das pessoas e do mundo. Essa incapacidade de aceitar que as pessoas e as coisas sejam diferentes é uma rejeição da sua própria pessoa como sendo diferente das demais. A inveja é a auto-aversão por não sermos como os outros são. Toda a nossa cultura é a cultura da comparação e nós aprendemos desde muito cedo a interiorizar esse processo em nosso comportamento. Como tudo está em relação, nós perdemos a capacidade de ver as coisas em si mesmas e só conseguimos entender as coisas e as pessoas em comparação umas com as outras.
Na família, por exemplo, sempre houve alguém que em um ou outro momento nos foi apontado como padrão ou a quem nós fomos apontados como modelo. É imensa a carga de comparação a que somos submetidos em toda a nossa vida. É uma força tão grande que poucas vezes nos damos conta dela.
Todo o sistema escolar é baseado na comparação. Primeiro lugar ... segundo lugar.... último lugar ... classes mais adiantadas... classes mais atrasadas ... notas ... avaliações...
Em outras instituições, na igreja, nas empresas, nos clubes, sempre nos foram dados padrões de modelos a seguir. Sempre fomos convidados a reforçar o caminho da comparação. A força da comparação é tão presente em nossas vidas que poderíamos chamá-la de sangue cultural.
Sem consciência desse processo dificilmente conseguiremos reconhecer, trabalhar e sair do sentimento de inveja. Provavelmente viveremos em estados depressivos constantes, com freqüentes sensações de impotência e inferioridade, em momentos de insatisfação, sem ao menos perceber em nós mesmos qualquer traço de inveja.
A sociedade é sempre comparativa em seus vários instrumentos de transmissão cultural. Nos filmes sempre existem nossos heróis, nossos padrões. Toda propaganda é baseada no processo comparativo entre nós e os modelos que nos são apresentados.
A trama base da propaganda consiste em construir um quadro com qualidades de riqueza, poder, prestigio, inteligência, dinamismo, beleza, força, magnetismo pessoal, para que nos comparemos com os ambientes e pessoas apresentados e nos sintamos inferiores, magoados e diminuídos, e em seguida nos é indicada a solução para resolver aquele mal estar: a compra de algum produto que nos fará iguais aos padrões apresentados Existe um tipo de comparação com a qual sairemos do processo da inveja, é a autocomparação. Em termos sociais, psicológicos, financeiros, espirituais, estamos hoje melhores ou piores do que há algum tempo?
Há uma grande diferença entre a comparação com os outros e a comparação conosco mesmos. Na autocomparação fortalecemos o nosso ser, o nosso centro, o nosso ponto de equilíbrio. Passamos a nos dirigir de dentro em função do que realmente somos e não em função do que os outros esperam de nós. Nós passamos a ser o nosso único ponto de referência. Passamos a ser donos da nossa própria vida, pois quando nos comparamos com os outros eles são o nosso padrão, somos dirigidos de fora.
A auto-comparação leva a um fortalecimento interior, fortalecemos nossa identidade, reencontramos a nós mesmos. Passamos a ser o nosso próprio ponto de apoio. Na etero-comparação nós nos alienamos, perdemos a nossa identidade e passamos a estar na vida para realizar expectativas fora de nós.
O mundo é o mundo das diferenças. Cada pessoa tem o seu jeito, seu caminho, seu próprio nível, sempre haverá alguém melhor do que nós em algum aspecto. Não estamos no mundo para sermos mais do que ninguém, mas para realizarmos o nosso próprio potencial, sendo cada vez melhores comparados conosco mesmos.
Só quando estamos centrados em nós mesmos e o mecanismo da autocomparação já faz parte do nosso comportamento, é que nos será possível comparar-nos às outras pessoas e aprender com elas, isso é ADMIRAÇÃO.
No fundo de cada sentimento de inveja existe o sentimento de admiração, mas este só pode desabrochar quando estamos centrados no nosso próprio tamanho, em POSTURA de AGRADECIMENTO pelo que já somos ou temos. ADMIRAÇÃO pelo outro e TRISTEZA conosco é INVEJA.
Só quando formos padrão de nós mesmos reencontraremos a alegria de ser o que somos, de ter o que temos, de viver como vivemos. Somente o exercício da autocomparação nos levará à auto-aceitação, à realização do nosso próprio tamanho.
Somente compreendendo a estrutura básica da inveja podemos reconhecer esse sentimento em nós e aprendemos a lidar com ele em nossa vida e nosso comportamento.
O mecanismo intelectual básico responsável pelos ressentimentos é a comparação.
Quando nos comparamos com os outros e nos sentimos, em algum aspecto, inferiores, estamos com inveja. Nem toda comparação leva à inveja, mas esta é sempre resultado de uma comparação.
É a vivência de um sentimento interior sob a forma de frustração, tristeza, mal estar, acanhamento, por nos sentirmos menores, menos, por não possuirmos o que o outro possui, por não sermos o que o outro é. É um desequilíbrio íntimo oriundo de um sentimento de inferioridade fruto da comparação.
Esse processo é muito sutil e encoberto. Escondemos de nós mesmos esse sentimento de inveja através de mecanismos de defesa que desde cedo nos foram sendo ensinados. Não temos consciência de que somos invejosos.
Um dos mecanismos mais comuns é o processo em que ao nos sentirmos menos que os outros nós nos aumentamos, nos vangloriamos, nos enaltecemos para evitar o mal estar do desequilíbrio. Falamos exageradamente bem de nossas próprias coisas e ao mesmo tempo procuramos diminuir o outro através de críticas.
Quando criticamos alguém, quando sentimos necessidade de falar mal de alguém, provavelmente estamos nos sentindo inferiores a ele. O arrogante é a pessoa que parte do pressuposto de que é inferior às outras pessoas.
O invejoso é incapaz de ver a luz, a alegria, o brilho, a luminosidade das outras pessoas. A inveja é própria daqueles que não encontraram respostas para a diversidade das pessoas e do mundo. Essa incapacidade de aceitar que as pessoas e as coisas sejam diferentes é uma rejeição da sua própria pessoa como sendo diferente das demais. A inveja é a auto-aversão por não sermos como os outros são. Toda a nossa cultura é a cultura da comparação e nós aprendemos desde muito cedo a interiorizar esse processo em nosso comportamento. Como tudo está em relação, nós perdemos a capacidade de ver as coisas em si mesmas e só conseguimos entender as coisas e as pessoas em comparação umas com as outras.
Na família, por exemplo, sempre houve alguém que em um ou outro momento nos foi apontado como padrão ou a quem nós fomos apontados como modelo. É imensa a carga de comparação a que somos submetidos em toda a nossa vida. É uma força tão grande que poucas vezes nos damos conta dela.
Todo o sistema escolar é baseado na comparação. Primeiro lugar ... segundo lugar.... último lugar ... classes mais adiantadas... classes mais atrasadas ... notas ... avaliações...
Em outras instituições, na igreja, nas empresas, nos clubes, sempre nos foram dados padrões de modelos a seguir. Sempre fomos convidados a reforçar o caminho da comparação. A força da comparação é tão presente em nossas vidas que poderíamos chamá-la de sangue cultural.
Sem consciência desse processo dificilmente conseguiremos reconhecer, trabalhar e sair do sentimento de inveja. Provavelmente viveremos em estados depressivos constantes, com freqüentes sensações de impotência e inferioridade, em momentos de insatisfação, sem ao menos perceber em nós mesmos qualquer traço de inveja.
A sociedade é sempre comparativa em seus vários instrumentos de transmissão cultural. Nos filmes sempre existem nossos heróis, nossos padrões. Toda propaganda é baseada no processo comparativo entre nós e os modelos que nos são apresentados.
A trama base da propaganda consiste em construir um quadro com qualidades de riqueza, poder, prestigio, inteligência, dinamismo, beleza, força, magnetismo pessoal, para que nos comparemos com os ambientes e pessoas apresentados e nos sintamos inferiores, magoados e diminuídos, e em seguida nos é indicada a solução para resolver aquele mal estar: a compra de algum produto que nos fará iguais aos padrões apresentados Existe um tipo de comparação com a qual sairemos do processo da inveja, é a autocomparação. Em termos sociais, psicológicos, financeiros, espirituais, estamos hoje melhores ou piores do que há algum tempo?
Há uma grande diferença entre a comparação com os outros e a comparação conosco mesmos. Na autocomparação fortalecemos o nosso ser, o nosso centro, o nosso ponto de equilíbrio. Passamos a nos dirigir de dentro em função do que realmente somos e não em função do que os outros esperam de nós. Nós passamos a ser o nosso único ponto de referência. Passamos a ser donos da nossa própria vida, pois quando nos comparamos com os outros eles são o nosso padrão, somos dirigidos de fora.
A auto-comparação leva a um fortalecimento interior, fortalecemos nossa identidade, reencontramos a nós mesmos. Passamos a ser o nosso próprio ponto de apoio. Na etero-comparação nós nos alienamos, perdemos a nossa identidade e passamos a estar na vida para realizar expectativas fora de nós.
O mundo é o mundo das diferenças. Cada pessoa tem o seu jeito, seu caminho, seu próprio nível, sempre haverá alguém melhor do que nós em algum aspecto. Não estamos no mundo para sermos mais do que ninguém, mas para realizarmos o nosso próprio potencial, sendo cada vez melhores comparados conosco mesmos.
Só quando estamos centrados em nós mesmos e o mecanismo da autocomparação já faz parte do nosso comportamento, é que nos será possível comparar-nos às outras pessoas e aprender com elas, isso é ADMIRAÇÃO.
No fundo de cada sentimento de inveja existe o sentimento de admiração, mas este só pode desabrochar quando estamos centrados no nosso próprio tamanho, em POSTURA de AGRADECIMENTO pelo que já somos ou temos. ADMIRAÇÃO pelo outro e TRISTEZA conosco é INVEJA.
Só quando formos padrão de nós mesmos reencontraremos a alegria de ser o que somos, de ter o que temos, de viver como vivemos. Somente o exercício da autocomparação nos levará à auto-aceitação, à realização do nosso próprio tamanho.
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