As pessoas sempre colocam a culpa nos outros quando NÃO se tem sucesso no relacionamento, trabalho ou vida familiar. Isto é um erro, já que altos e baixos fazem parte da vida. Se a pessoa insistir em pensar desta maneira, vai acreditar que, para obter a felicidade seria necessário viver de maneira isolada, o que é impossível.
Todos, de modo geral, se lamentam devido às frustrações que ocorrem no dia-a-dia. As pessoas perdem muito mais tempo criticando os outros do que reavaliando as próprias atitudes. Frases como "os outros são culpados de tudo, pois impossibilitam a concretização dos meus projetos", "eles não colaboram e não fazem nada porque não tem coração", são alguns exemplos do que costuma-se ouvir com freqüência.
Mas sem as pessoas, a vida não tem sentido. Os outros se tornam um inferno quando mostram nossa imaturidade, já que de certa maneira, temos uma predileção para nos iludirmos. As pessoas se preocupam em manter distância dos outros para evitar problemas e não ter suas vidas importunadas por demônios; podem correr o risco de se tornarem individualistas, com corações de gelo.
A vida se torna um inferno quando deixamos que o outro interfira nela e não ouvimos a intuição. As pessoas se relacionam, trabalham, aprendem, fazem novos amigos, conhecem novos amores e tentam levar a vida de uma maneira boa. O que não pode acontecer é seguir pela cabeça dos outros. "O inferno, é não amar", já dizia Georges Bernanos. "O inferno são os outros", falava Sartre. Mas a felicidade pode estar contida no outro. Não dá para ser amado sozinho. Os outros também podem ser o céu e a solução. Monica Buonfiglio/Aninha
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