domingo, 7 de outubro de 2007

Fortalecendo Sua Auto-Estima


Ao longo dos anos, através de observação dos fatos e realizações em minha vida e de algumas pessoas que conheço, uma pergunta pairou em minha mente:

"Por que procuramos longe de nós, fora de nós, o que habita em nosso interior?"

Sonhamos com sucesso profissional, casa encantadora, filhos alegres e um amor romântico e apaixonado. Achamos que temos direito ao sucesso, à felicidade, a um relacionamento harmonioso, etc. e o que experimentamos é ressentimento e amargura, pois projetamos no outro e nas circunstâncias externas a responsabilidade pela nossa própria felicidade.
Muito se fala sobre auto-estima e autoconfiança mas pouco se sabe sobre como melhorá-las. Este artigo é fruto de uma coletânea de leituras de vários livros e artigos e tem a intenção de provocar reflexão e mudança de postura ao leitor que deseja verdadeiramente encontrar-se e viver em paz consigo mesmo, se amando e respeitando por quem é.
Autoconfiança e auto-estima são termos muitas vezes considerados sinônimos. Entretanto, existe uma diferença importante entre os dois conceitos: auto-estima refere-se ao julgamento que você faz de si mesmo, e baseia-se em valores pessoais e atitudes subjacentes que afetam suas reações em várias situações. A autoconfiança se desenvolve através de coisas específicas que você faz; você reforça a confiança quando obtém algum senso de satisfação ou realização ao tentar realizar tarefas desafiadoras. Valores e convicções pessoais determinam a forma pela qual você interpreta as situações, que, por sua vez, afetam sua auto-estima. Convicções úteis como "Sei que sou uma pessoa de qualidades; não preciso provar isso" ou "Posso aceitar os erros que cometo e conservar o respeito próprio", onferecem flexibilidade a suas experiências e, assim, permitem-lhe manter o respeito próprio; contudo, muitas pessoas adotam convicções que exercem efeitos contrários à auto-estima. Determinadas opiniões podem induzi-lo a concluir que não está se saindo bem o suficiente para conquistar respeito próprio; uma auto-imagem desfavorável transforma um erro banal em sentimentos de inferioridade pessoal.
Muitas pessoas tentam conquistar sua auto-estima por meio de suas realizações; outras acreditam que precisam ter a aprovação de todos o tempo todo e, outras ainda, acreditam que precisam ser amadas por alguém a fim de ser importante. Todas estas convicções são recorrentes entre as pessoas, contudo, as privam de sua auto-estima.Pessoas que baseiam sua auto-estima apenas nas coisas que fazem colocam-se sob grande tensão à medida que tentam cumprir suas tarefas. Seu empenho torna-se o objetivo, elas nunca ficam satisfeitas e perdem a oportunidade de parar e sentir-se bem com o que já fizeram, pois estão envolvidas demais em atingir suas metas.
A auto-estima baseada na aprovação de terceiros começa com as mensagens recebidas de familiares e outras pessoas na infância. Se sua auto-estima é baixa, você provavelmente irá enxergar-se através dos olhos dos outros e tal atitude o deixa extremamente dependente dos elogios e comentários de terceiros. Se alguém o critica ou deixa de reconhecer o que fez, você pensa que há algo errado com você e fica decepcionado. Além disso, você se torna vulnerável aos outros por permitir que as atitudes e disposição de espírito dos outros influenciem seus sentimentos e comportamento. Algumas pessoas se convencem de que a vida só vale a pena ser vivida se tiver um relacionamento: para ter valor, supõem que precisam de outra pessoa. Inevitavelmente, esse modo de pensar conduz a sentimentos de solidão, desesperança e ressentimento; além disso, essa convicção pode aumentar a dependência em relação às pessoas e seu comportamento pode parecer desesperado ou agressor.
Se você deseja aumentar sua auto-estima, pode fazer isso por meio da Terapia Cognitiva. É muito fácil; há somente alguns passos a serem seguidos:

1) Pare de submeter-se à prova

O primeiro passo para aumentar sua auto-estima consiste em aceitar e se amar pelo que você é. Todos os seres humanos são importantes pelo simples fato de existirem, e ninguém é mais ou menos importante do que os demais. Conseqüentemente, não há sentido em provar que você tem valor. Enquanto você está preocupado em procurar satisfazer uma crença irracional, você está perdendo os fatos mais importantes da vida.

2) Questione seus pensamentos negativos

Somente os pensamentos a seu respeito e suas experiências podem afetar sua auto-estima. A auto-estima não pode ser prejudicada pela forma que as pessoas o tratam, a menos que você permita. Para aumentar a auto-estima, é preciso detectar pensamentos negativos automáticos, questioná-los intensamente e adotar pensamentos mais realistas.

3) Seja preciso quanto a seus pontos positivos

Você precisa poder reconhecer seus talentos e suas realizações, e sentir-se bem a respeito deles. Isso não é ser egocêntrico; afirmações positivas verdadeiras que você possa fazer a seu respeito e a sua vida são os elementos básicos da auto-estima. Cada pensamento autodestrutivo deve ser seguido por outro que o lembre de seus pontos positivos e das coisas boas em sua vida.

4) Respeite-se

Para atingir esse objetivo, trate-se como trataria seu melhor amigo; se você se respeita, há uma chance muito maior de que os outros também o façam. Permitir-se participar de atividades agradáveis e oferecer-se recompensas, como elogios, são formas de mostrar respeito por si mesmo; não se rebaixe diante de outras pessoas.
Com um pouco de disciplina, você pode mudar o padrão de suas convicções, obter maior controle sobre sua vida e ser uma pessoa mais feliz. Isso pode lhe dar a oportunidade e a esperança de novos horizontes e uma filosofia de vida mais adaptável.

Quero concluir deixando pra você uma reflexão de St. John-Christie Clark, que diz: "Você é o criador de seu próprio universo, pois, como ser humano, você é livre para almejar qualquer coisa que você deseje ser. O uso de seus pensamentos e suas palavras lhe confere um enorme poder e pode representar uma bênção ou uma maldição; depende só de você, pois a qualidade de sua vida depende da qualidade de seu pensamento. Pense nisso!"

Sobre a autora:

Renata Moraes é Consultora em Programação Neurolingüística.
Referencia: Descubra PNL
Colaboração: Silvia Goes - Comunidade Gotas de Sabedoria - ORKUT

Nenhum comentário: