Mais do que nunca, desejo a sabedoria contida nos famosos versos de Clarice Lispector:
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Vivencie este período como se fosse tornar borboleta. Só que antes de ser borboleta, é preciso ser larva, com toda a feiúra que lhe cabe.
Sempre me encantei com a beleza das borboletas, especialmente depois de conhecer o processo pelo qual elas passam até que estejam maduras o bastante para romperem a crisálida e se mostrarem tão estonteantemente belas.
Durante a fase de crisálida, a lagarta é transformada em borboleta. Dentro das crisálidas ocorre o seu processo de crescimento. Esta rápida e brusca mudança é chamada metamorfose.
Quando a transformação está completa, a crisálida se rompe e a borboleta sai de seu interior. Quando suas asas ficam esticadas e secas, ela está pronta para voar.
Enquanto larva, busque uma nova lucidez, um novo degrau dentro do seu coração; e a beleza e prontidão para o vôo, isso têm a ver com a conquista desta clareza interior, que revelará uma nova mulher ou um novo homem e, certamente uma nova pessoa, Faça o que mais gosta para si assim como a abelha faz o mel.
No livro “Alma Gêmea - Segredos de um Encontro” está descrito mais detalhadamente essa teoria e como ela se desenrola em nossas vidas.
Não olhe para o que passou (os porquês importam pouco neste processo), entregue-se à sua sombra e, diante dela, concentre-se na recriação de suas asas, mas compreenda que ser larva é condição indispensável para que fique pronta para um novo vôo. Rosana Braga/Aninha
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