Alguém diz alguma coisa grosseira para ferir você. Em vez de desencadear uma reação inconsciente e uma negatividade, como uma agressão, uma defesa, ou um retraimento, você deixa isso passar através de você. Não ofereça resistência.
É como se não existisse mais ninguém ali para ser machucado. Isso é perdão. Nesse sentido, você se torna invulnerável. Pode dizer a essa pessoa que o comportamento dela é inaceitável, se você escolher fazer isso. Mas essa pessoa já não tem mais o poder de controlar o seu estado interior.
Você passa a estar em seu poder – não mais em poder de alguém, nem sob o governo da mente.
Quer seja um alarme de carro, uma pessoa grosseira, uma inundação, um terremoto, ou a perda de todos os seus bens, o mecanismo de resistência é o mesmo.
Pratico a meditação, freqüento seminários, leio muito sobre espiritualidade, em busca de um estado de não-resistência. Mas, se você me perguntar se encontrei a verdadeira paz interior, minha resposta teria que ser “não”.
Por que não a encontrei? O que mais posso fazer?
Você ainda está procurando lá fora e não consegue escapar do modo de busca. Talvez o próximo seminário lhe traga a resposta, talvez aquela nova técnica.
Diria a você: não busque a paz. Não busque nenhum outro estado além daquele em que você está agora, do contrário, vai criar um conflito interno e uma resistência inconsciente.
Perdoe a si mesmo por não estar em paz.
No momento em que você aceitar completamente a sua intranqüilidade, ela se transformará em paz.
Qualquer coisa que você aceite completamente vai lhe levar até lá, vai levar você até a paz. Esse é o milagre da entrega.Você já deve ter ouvido a frase “dê a outra face”, que um grande mestre da iluminação empregou há dois mil anos.
Ele estava tentando transmitir simbolicamente o segredo da não-resistência e da não-reação. Nessas palavras, como em todas as que proferiu, ele estava preocupado apenas com a nossa realidade interior, não com a conduta externa da nossa vida. Extraído do livro "O Poder do Agora/Aninha
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